sábado, 30 de julho de 2011

Sem rima, sem rumo

.
O relógio no meio da sala
Confundidamente acelerado
Invisivelmente andando
Tudo em mesmo tom.
E o telefone não toca
Não há esperança alguma aqui.

A porta entreaberta em desconfiança
Não entra sol, nem poeira
E o verbo sentido como corte de navalha
Não há o que não doer.

Hoje o vento avisou sua partida
Gelou como oposto da brasa furiosa
Declarou não saber de nada.

Talvez ele tenha desistido
De continuar
apenas
s o p r a n d o.

2 comentários:

june disse...

Didi,
que lindeza de texto...sozim...bonito...
Gostei dimais do seu espaço, imagens lindas, delicadas...
Bju grande, Junelise

Ediane Oliveira disse...

Querida Junelise, muito obrigada por acessar meu espaço. Seja muito bem vinda!

Muito bacana conhecer a ti e teu trabalho tão delicado...

grande beijo pra ti!