sábado, 26 de fevereiro de 2011

Imagens que marcaram a última década III

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Uma tentativa de retratar visualmente uma década reveladora de guerras, sentimentos conflituosos e calamidades naturais no nosso mundo.




Repórter do Wall Street Journal, Daniel Pearl, é visto na imagem enviada a órgãos de comunicação.
Pearl, um americano de 38 anos de idade, foi sequestrado em Karachi, Paquistão, no dia 23 de janeiro de 2002, por um grupo que se autodenomina “O Movimento Nacional para a Restauração da Soberania do Paquistão”. O então presidente, George W. Bush, disse que iria seguir
todas as pistas que pudessem resgatar Pearl.

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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Grito Rock Pelotas 2011


3 dias de shows ao ar livre. Debates sobre produção cultural, 13 bandas,
exposições de arte, moda alternativa e feira de artesanato.
De 25 a 27 de fevereiro, em Pelotas, no Quadrado.



O Festival Grito Rock chega na sua segunda edição em Pelotas e já é um evento conhecido desde 2003, quando inciou em Cuiabá (MT), espalhando-se a partir daí por mais de 130 cidades em 9 países da América Latina, sendo considerado como o maior festival integrado do mundo e como um dos grandes veículos para a circulação de bandas independentes.

Em setembro de 2009, diversos ativistas da cultura local, se articularam com o Circuito Fora do Eixo, vindo a fazer parte dos mais de 65 Coletivos de Cultura existentes no Brasil. O primeiro trabalho executado pelo Coletivo Outro Sul (na época chamado Satolep), foi a primeira edição da Primavera Cultura Livre.

Em fevereiro de 2010, o Coletivo Outro Sul realizou a primeira edição do Grito Rock Pelotas. O festival fez parte da programação do Fórum Social das Periferias e deu início ao intercâmbio cultural promovido pelo Circuito Fora do Eixo, funcionando como porta de entrada para bandas da cena local circularem em eventos de porte nacional como o Macondo Circus, Morrostock e a Feira da Música do Sul.





As bandas:

Durante as duas últimas semanas de janeiro, 144 bandas, de 16 estados brasileiros, inscreveram-se para participar do Grito Rock Pelotas 2011. Dessas 144 bandas, a curadoria do festival escolheu as 13 com o trabalho mais sólido, para fazer parte da programação do festival.

  1. Calavera
  2. Canastra Suja
  3. Canja Rave
  4. Divergência
  5. Farenait
  6. Lara Rossato
  7. Mascates
  8. Meigos, Vulgos e Malvados
  9. Pimenta Buena
  10. Plug3
  11. Rinoceronte
  12. Vade Retro
  13. Velha Armada

Programação dos Shows aqui.

Programação paralela com Mostras aqui.

Programação com Painéis e Discussões aqui.
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With or without you

Sleight of hand and twist of fate
on a bed of nails she makes me wait
and I wait without you.



And you give yourself away..

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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Persona, a personificação da alma


"O cinema não é um ofício. É uma arte.
Cinema não é um trabalho de equipe.
O diretor está só diante de uma página em branco.

Para Bergman, estar só é se fazer perguntas; filmar é encontrar as respostas.
Nada poderia ser mais classicamente romântico" - Jean-Luc Godard


Não é de se admirar que obras do dramaturgo e cineasta Ingmar Bergman, causam, no mínimo, impactos reflexivos a quem já está acostumado ou viu pela primeira vez seu ‘modo de fazer cinema’. Peculiar, poético e de uma sensibilidade arrebatadora.

Dentre seus consagrados filmes, tenho em meus preferidos “O Sétimo Selo”, “Fanny e Alexander”, “O Silêncio” e o curioso “Morangos Silvestres”. Mas, parar para assistir e se envolver na obra de Persona, foi uma experiência grandiosa.

O drama produzido pelo diretor sueco em 1966, mostra uma relação de intimidade e empatia entre seres que se encontram isoladamente.

Enigmático. Ousado. Silencioso. Tenso. Desértico. Psicodélico.

A flor da pele.



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Feito tatuagem

... Que é prá te dar coragem
Pra seguir viagem
Quando a noite vem.




Que te rabiscam
O corpo todo
Mas não sentes...

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domingo, 20 de fevereiro de 2011

Do lado de dentro

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Busquei rever o passado em mim
E o encontrei em terras molhadas
Na saudade que insisti em guardar
No cheio amargo da tristeza calada.

Ele se mostrou no caminhar em torno de minha própria vontade
Na insensatez da minha falta de compreensão
No encanto pelas flores simples
Na minha busca incansável por nem saber o quê.

Ontem, quis lembrar do que já fui
E me vi em espelho refletido na janela
Que eu observei meu tempo correr diante de mim.

Agora eu quis ultrapassar o futuro
Tentar encontrar alguma pista de corridão
Entender se o refrigério vem por si
Ou se precisamos decifrar seu enigma inconstante e real.

Não estou com medo do amanhã
Mas fique comigo agora aqui
Do lado de dentro da janela.


Foto: Pousada do Moinho - Carnaval / 2008
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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Muito além do Manuel Padeiro

De volta ao Casarão do Barão de 3 Cerros. No mundo tridimensional, tudo o que é matéria se constrói e perece. Das pirâmides aos corpos, da pedra ao pó. Porque o tempo é absoluto, o espaço, relativo. Apenas sobra, entre nomes e ruínas, o grande rio da história, que vaga até o mar da contemporaneidade.

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O 2º Festival de Cinema e Animação Manuel Padeiro teve sua edição no Parque da Baronesa, em Pelotas/RS, com os céus abertos para a 7ª arte.

Abaixo, um pequeno documentário que mostra parte dos 'bastidores' do festival.

Edição: Ana Pessoa e Eduardo Porto


domingo, 13 de fevereiro de 2011

Imagens que marcaram a última década II



Uma tentativa de retratar visualmente uma década reveladora de guerras, sentimentos conflituosos e calamidades nat
urais no nosso mundo.


Fotógrafo Arko Datta, da agência Reuters, mostra uma mulher idiana lamentando a morte
de um parente que foi morto na catástrofe do tsunami asiático, em 28 de dezembro de 2004.



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A Coruja do Parque


Compartilho um poema de um colaborador da RádioCom que tem alimentado ainda mais o meu grande encantamento por literatura.

Daniel Moreira, um dos idealizadores do Sarau Poético e do Poesia no Bar, ambos projetos que movimentam a cena artística em Satolep, é comentarista no programa Navegando RádioCom, autor do livro Poemas Urbanos e da revista online cultural Seja.



Tu que vês aí do alto
Toda a contradição
Que transforma aos poucos
Nossas convicções em meras incertezas.

Tu que és tão imponente
E que no alto da tua grandeza
Sobrevoa infalível sobre nossos erros
E aponta-os um a um.

Tu que guardas a alma do parque
E observa nossa raça corrompida
Fazendo da tua casa a sua falta de decência
Desrespeitando teu espaço, tua natureza.

Tu que mora na copa deste espaço tão bonito
Perdido no meio da grande selva de pedras
Carrega de energia os que sabem de ti
E te observam com reciprocidade.


[às corujas do Parque da Baronesa]

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Estamira, a interpretação da ‘loucura'



“Não existem inocentes. Mas espertos ao contrário”.
- Estamira.

Com direção e roteiro de Marcos Prado, o documentário brasileiro, produzido em 2006, conta a história de uma mulher de 63 anos, que possui distúrbios mentais e trabalha há mais de vinte anos no aterro sanitário do Jardim Gramacho, um local renegado pela sociedade, que recebe diariamente mais de oito mil toneladas de lixo, produzido no Rio de Janeiro.




O lixão é a representação irônica e trágica da própria condição do homem. Para um olhar raso, é meramente uma imagem de contexto social de pobreza, mas para o diretor e roteirista Marcos Prado, é o lugar onde talvez se encontre a sua própria essência. A idéia de sobrevivência de Estamira nos lembra do quanto nos apegamos ao desnecessário, e como a sensação de prazer trazida por este, nos tornou quase escravos do imediato. É a paixão pela imagem já dita antes, que nos torna um bando de desconhecidos buscando impressões sedutoras e fantásticas. Será preciso perdermos tudo (materialmente falando) para poder nos encontrarmos?

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É o sol que se mistura com o fogo, com o grão, com o lixo, resto e descuido. É um filme pintado pela natureza, no caso, a humana. É uma arte do descartado, e os outros trabalhadores do lixão fazem parte desse cenário ativo e invasor, que preferimos esquecer.


Conheça e leia mais clicando aqui.

Extirpo

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Eu não sei por onde devo seguir

Não sei se os caminhos irão me entender.

Eu não te busquei outrora

Não sei por que me tomou.

Eu não lembrei do que ficou pra trás

E não sei se posso continuar a sentir.

Me dissestes não.


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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Os moderninhos atrasados: a festa da humilhação das mulheres


Vergonhoso e nojento. É isso que me vem - junto com outras ruins sensações - quando me deparo com situações do sempre comentado trote dos alunos do curso de agronomia da UnB. Um exemplo de outros episódios de cursos e universidades pelo Brasil a fora. Bizarrices e deselegâncias exacerbadas. Parece que quanto mais, melhor. Ok, não vou falar de limites aqui. Afinal, que ‘careta’ eu sou querendo impor regras num simples ‘trote’.
“Trote tem que ser aquele momento em que a cobra tá solta. Em que o céu é o limite", não é mesmo, meus amigos?



Não consigo imaginar todo o acontecimento como “uma simples brincadeira” dos universitários bobões que pensam que faculdade é só para encher a cara e “fazer tudo aquilo que não pôde fazer nos tempos de colégio" e/ou "tudo aquilo que não se vai fazer [quando for] adulto e responsável’”. Peraí, futuro do meu Brasil... tá na hora de abandonarmos os belos tempos de puberdade!

Temas como a falta de noção e respeito com o próximo, além do irritante e desagradável machismo que ainda existe na nossa sociedade, espalhado por diversos setores e espaços sociais- inclusive, fortemente dentro de nossas universidades, - merecem um debate maior. Bandeiras de luta contra esse tipo de conceito retrógado, - infiltrado até mesmo na cabeça daqueles que deveriam pensar diferente, - devem ser levantadas cada vez mais.

Um texto da blogueira Lola resume muita coisa, expressa grande parte da minha opinião e eu gostaria de compartilhar com todos.

CLIQUE AQUI para ler.


terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

I'll be there the morning

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I wasn't there the moment
You first learnt to breathe
But i'm on my way, on my way.


Wait until the morning light

Close our eyes to see..


domingo, 6 de fevereiro de 2011

Desarquivando o Brasil - Chega de silêncio


A proposta da "Blogagem coletiva" surgiu no ano passado, através da jornalista pelotense Niara de Oliveira e retorna nesse ano, na busca de engajamento social e principalmente respostas, que, por tantos anos estavam – e, friamente ainda estão- silenciosas e mortas.

Que o secreto torne-se público.



A Corte dos Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) reconheceu a importância de se identificar e punir os torturadores da Ditadura Militar, decidindo que a manutenção da Lei da Anistia fere acordos internacionais assinados pelo Brasil. Mas, infelizmente, o governo brasileiro segue ignorando a decisão.

Enquanto isto, o Supremo Tribunal Federal (STF) permanece na mais completa imobilidade e não dá mostras de que, ao menos pela via judicial, a decisão da OEA será respeitada. O Brasil, desta forma, caminha para se tornar um país criminoso, que não respeita as decisões de cortes internacionais superiores.

A tortura está institucionalizada no País porque não é possível punir tortura tendo anistiado os maiores torturadores de nossa história e nem sequer identificá-los. O Estado precisa investigar o paradeiro dos ainda desaparecidos políticos do regime militar. Paradeiro dos restos mortais dos desaparecidos porque a mim não convence essa papagaiada de guerrilheiros poupados por torturadores carrascos, vivendo por aí com medo e identidades falsas.

O Brasil é o País mais atrasado da América Latina com a revisão de seu passado e sua história. A Argentina julgou e condenou só no ano passado 89 repressores de sua ditadura, além de já ter ordenado a abertura dos arquivos secretos e já possuir um museu da memória do período da repressão. Chile e Uruguai também, com algumas pequenas diferenças. Mas todos foram de encontro ao passado sem medo.

Iniciativas que visavam a criação de uma Comissão da Verdade, a revisão da Lei da Anistia e a punição dos torturadores – todas parte do Terceiro Programa Nacional dos Direitos Humanos (PNDH3) – foram paulatinamente esvaziadas, empurradas para debaixo do tapete e esquecidas. A secretária de Direitos Humanos, Maria do Rosário, se limitou a defender uma Comissão da Verdade sem punições, mas baseada no “entendimento” entre torturadores e vítimas.

Já passou da hora do Estado brasileiro vir a público e pedir desculpas junto com as Forças Armadas pelas atrocidades cometidas e pelos anos de censura, medo e tolhimento da liberdade que causaram danos incalculáveis a várias gerações e ao país, que perdeu o rumo de sua evolução histórica natural e a produção cultural e científica dessas gerações.

Não gostaria de ver mais mães de desaparecidos morrendo sem saber o que o Estado brasileiro fez com seus filhos, sem enterrar seus restos mortais, acabarem seu luto continuado de quatro décadas e sem receberem um pedido de desculpas oficial. O Brasil precisa conhecer a história dessas pessoas.


-> A proposta de blogagem coletiva consiste em aderir a campanha produzindo um post inédito (enfoques político, jurídico, direitos humanos, cidadania, histórico,… Escolham!) até o dia 10 de fevereiro, usando essa charge feita pelo quadrinista Ton nOise (@tonoise). Todas as contribuições são bem-vindas. Outros cartuns e charges, textos, entrevistas. Podemos combinar de indicar nos blogs e nas redes sociais todos os posts da blogagem, sempre usando a tag #DesarquivandoBR e citando sempre que possível “desarquivando o Brasil”. Serão dez dias de luta pelo desarquivamento do Brasil.

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Leia ainda: Em 2009, Niara entrevistou Crimélia Almeida e Suzana Lisboa, - dois nomes, dentre tantos, marcados pela tortura da Ditadura Militar - . O encontro ocorreu após um debate, organizado pelo Instituto Mário Alves, na cidade de Pelotas/RS.
Clique aqui para conferir.


Imagens que marcaram a última década I


Já demos adeus a uma das décadas mais agitadas da história, a primeira do século 21. E diversas imagens marcaram acontecimentos fortes e expressivos no contexto da nossa realidade durante esses últimos anos.

A partir de agora, será aberto aqui neste espaço, uma tentativa de retratar visualmente uma década reveladora de guerras, sentimentos conflituosos e calamidades naturais no nosso mundo.

Garoto carrega irmão nas costas e ambos choram enquanto acontece batalha entre os rebeldes e o exército do Congo, em 6 de novembro de 2008.



sábado, 5 de fevereiro de 2011

Ponto de Cultura “Memórias em Movimento” do IMA

Fruto do Programa Mais Cultura, o projeto, idealizado pelo Instituto Mário Alves, organizará, ao longo de dois anos ações diversificadas, que envolvam pesquisa, memória, educação, cinema, inclusão digital e promoção da cidadania através da construção do conhecimento sobre o passado e a memória da história do Movimento Estudantil no Rio Grande do Sul.

Abaixo um audiovisual, em que mostra partes de um encontro que reuniu amigos do Instituto, na abertura do ponto de cultura, em outubro de 2010, na cidade de Pelotas, no Rio Grande do Sul.

Produzido pela Rede Cooperativa de Comunicação.