sábado, 25 de junho de 2011

Malogro

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Eu talvez não consiga dormir em paz nessa noite. Esse seu jeito estúpido de agir tão docemente comigo como quem não me maltrata por trás - e pela frente, me deixa com aquela dor como de quem vai partir e fica sem direção. Ele me encontra com o medo das sensações posteriores, com a raiva da razão amaldiçoada, com o peso da angústia que a solidão traz consigo e com essa vontade de ir. De ficar. Esquecer. E com esse não entender da sua falta de limpidez. Sabe, aquelas imagens que eu não conheço não saem da minha cabeça. Estão claras. Soam como inofensivas e infernais. Elas me derretem, me gritam, me consomem. Porque me fizeste ver sem saberes e agora tudo realmente parece tão em vão. E aqueles planos podem ser só planos. Porque existem outros planos, tantos teus fragmentados e espalhados planos. Planos envolvidos com outros planos. Simultaneamente aos meus, agora - e nessa noite, sós.

2 comentários:

Daniela Cruz disse...

Oi moça, recebi um marca-texto no Poesia no Bar com um texto seu e tinha seu blog. Passando aqui pela primeira vez, sou de RG e gostei muito daqui! parabens, Bj, Daniela.

Ediane Oliveira disse...

Daniela, que bacana que recebeste o marca-texto! eles têm uma proposta mto bacana de circular por entre a cidade as produções literárias de pessoas daqui. Fico feliz em saber que estavas no Poesia no Bar. Sinta-se livre para vir aqui! Beijo.