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Mais ou menos 12h me separam do primeiro frio na barriga na decolagem do avião
que me carrega para o que é agora uma mistura de empolgação, ansiedade e medo.
Por enquanto, uma pressão constante no estômago, um riso bobo na cara
e surtos dramáticos de não entender o que é exatamente que está acontecendo.
É só agora que comecei a arrumar a mala. Assusta o tamanho da fármacia que eu tenho que levar. Um nojo de precisar carregar tanta doença, por assim dizer.
Uma dor de arrumar os livros na mala, imaginando o quanto eles vão sofrer
ali nos fundos do avião. Acho que somos em 15. Eu e os livros.
Não tenho nada de especial para dizer, ao contrário do que pensava.
A partida não é grande coisa ou especial em si mesma.
É outra parte do processo. Vou.
[Paulo Lutero]
Meu amigo Paulo partiu nos últimos dias para Gana, para um trabalho social em um orfanato, num vilarejo de pescadores.
Respeitos constrangidos pela iniciativa. Pelo coração, pelas palavras e pelo que já vivemos.
Um pouco de tudo estará contigo aí, Paulo.
Um abraço, o maior de todos.
Di.
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