Hoje fui lembrada por uma das pessoas mais importantes da minha vida, que exatamente nesse mesmo dia do ano passado, eu estava me formando.
Caramba, é verdade!
Para aqueles que me conhecem, sabem dos meus conceitos - até mesmo polêmicos para alguns - sobre o diploma e a clichezada de uma 'formatura' para o senso comum de alguém, além de tantas outras coisas que estão próximas a essa questão. Sou meio chata mesmo. Tenho minhas críticas por diversas razões que não vou expor agora. Mas uma coisa é certa: lembrar do que vivi, mexeu comigo.
Eu preciso confessar que o tempo mais uma vez me surpreendeu. Voou como nunca. Ou caminhou como sempre. A grande verdade é que a gente adora falar do tempo. Mas ele sempre é o mesmo.
Eu não sei se eu corri. Não sei se fechei meus olhos. Mas, pensar que, 365 dias já se passaram, me parece um tanto assustador quando olho cada fotografia e essas lembranças me remetem ao tempo - não distante - de estudante de Comunicação Social. Da paixão pelo tema do TCC feito às pressas, devido ao período curto - decorrente da gripe suína - que tanto prejudicou nossas universidades. Dos anos de aprendizado no Diretório Acadêmico Wladimir Herzog. Da suada e estressante eleição. Dos debates. Das tantas reuniões. Das 'brigas' com a direção. Do abaixo ao canetaço. Das perguntas e da frustração da falta de consciência política da maioria dos estudantes. Da mudança do currículo acadêmico da ECOS. Das fotografias aos domingos na Ilha dos Marinheiros. Da pesquisa com o Tela. Do sorvete de ouro branco da Sorvesucos. Da redação. Dos panchos. Das polares por entre os bares. Das crônicas. Do documentário sobre mundo paralelo e, posteriormente, sobre redução de danos, que, acreditem: até hoje não foi editado! "não há horário no laboratório de video". Da aceitação pelas diferenças. Das mil conversas com a Nessa. Do Pescador. Do meu grupo. Da voz engraçada da tia do bar. Dos desentendimentos. Do pátio com as árvores e com os banquinhos. Dos churrascos, no mínimo, engraçados. Do sofá do D.A. Da demora do Saúva pra pegar a grana no DCE. Das idas incansáveis nas salas de aula. Da vontade de mudança e das buscas pelo engajamento estudantil. Das assembléias turbulentas. Das avaliações institucionais. Do ego tendo de ser enfrentado até no movimento. Das conversas pelos corredores. Dos dias passando. Do medo e da incerteza. Da semiótica. Das diversas linguagens. Da Confecom. Do CIC sobre o MST. Do satolep na contramão. Da banca de exatos 29 minutos de apresentação. Da ânsia sempre latente.
Do abraço dos meus pais no tal 9 de janeiro de 2010.
Hoje me encontro um pouco mais calma e com mais vontades. Ganhei pessoas novas. Conhecimentos. Experiências. Quebrei a cara. Aprendi. Errei. Sorri. Entendi mais ainda que a paixão pelo jornalismo deve ser vivida de maneira revolucionária. Mais humana, libertária e sensível.
Eu to aprendendo. Acho que é apenas o começo.
E eu adoro não pensar em finais quando sou apaixonada por algo.
Não. Nesse caso, a paixão não acaba. Se renova a cada dia.
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