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segunda-feira, 26 de março de 2012

Experiências em Carvão

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Artista: Janete Flores

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Multiplicidade no tempo e no espaço


Em sua segunda edição, o Projeto Bancarte abre suas portas para duas artistas
que compartilham a prática da fotografia artística


Ambas alunas do Centro de Artes da UFPEL, Graziele Gomes e Luísa Planella participam da exposição que fica aberta ao público até o dia 13 de junho.

Luísa busca apresentar em suas fotografias uma maneira diferenciada de olhar o cotidiano, o tempo todo em velocidade constante. Graziele aborda as questões de identidade cultural, as múltiplas faces e reações do ser humano, questionando os diversos personagens que constituem-se com o tempo.

A exposição conta também com exibição de Vídeoarte e esculturas em vidro.

O Bancarte
O Projeto é uma iniciativa da Coordenação de Cultura do Sindicato dos Bancários de Pelotas e Região que abriu suas portas disponibilizando um espaço alternativo para exposição artística em suporte bidimensional. Cada mostra permanece aberta a visitação durante três semanas, podendo qualquer artista inscrever-se para participar. A cada edição, uma equipe é posta em movimento, além dos artistas expositores, a produção de vídeoarte, cartazes, montagem, divulgação e curadoria formam um coletivo de ideias. O Projeto conta com o apoio da RádioCom 104.5 FM

Confira fotos das exposições clicando AQUI.

Video I com imagens da exposição, trechos de filmes e clipes, montado por Caio Mazzilli e Ana Pessoa:

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Sete de Abril: De portas fechadas!


Nosso “Sete” de portas fechadas. Há tanto tempo.
E a arte acontecendo, pelos cantos, mas precisando cada vez mais de espaços PÚBLICOS.

Precisando encenar, criar, aparecer, definitivamente, por vários lados.

Onde está o nosso teatro?
Ele permanece vazio, sem cena, sem gente, sem nada.


Audiência pública pelo Theatro Sete de Abril ABRIR.

Participe!

terça-feira, 10 de maio de 2011

Tu és a hora, és o que dá sentido.


A minha voz que era da amplidão
Do universo, da multidão
Hoje canta só por você.
[Toni Garrido - Trilha Sonora de Orfeu]

Um dos sentimentos mais poéticos e revigorantes é ver o deleite em palavras que algumas belíssimas interpretações na arte podem proporcionar. Os sons, o silêncio, a forma, a voz, a leveza e a bravura, o olhar. Um universo louco e atraente, pulsando e intimando ao pleno envolvimento. É dessa maneira que enxergo algumas ‘encenações reais’ do teatro, da música, da performance, do que for.

Maria Bethania tem profundidade em suas interpretações. Por ora esbarro em monólogos e trechos de versos e peças teatrais em meio às suas canções. Ao lado do forte “Eu vou te contar” de Fauzi Arap - que merece um futuro post só para isso, não posso deixar de destacar o “Monólogo de Orfeu” escrito por Vinícius de Moraes (com música de Tom Jobim) em 1954, da peça “Orfeu da Conceição”, baseada no drama da mitologia grega Orfeu e Eurídice, com adaptações à realidade desse nosso universo mulato e aquarelo.

A letra é de rasgar ardentemente o peito e pedir mais, mais.




Mulher mais adorada
agora que não estás
deixa que rompa o meu peito em soluços.
Te enrustiste em minha vida
e cada hora que passa
é mais por que te amar
a hora derrama o seu óleo de amor em mim, amada.

E sabes de uma coisa?
Cada vez que o sofrimento vem
essa vontade de estar perto, se longe
ou estar mais perto, se perto

que é que eu sei?

Este sentir-se fraco
o peito extravasado
o mel correndo
essa incapacidade de me sentir mais eu, Orfeu.
Tudo isso que é bem capaz
de confundir o espírito de um homem.

Nada disso tem importância
Quando tu chegas com essa charla antiga
esse contentamento, esse corpo

E me dizes essas coisas
que me dão essa força, esse orgulho de rei.
Ah, minha Eurídice
Meu verso, meu silêncio, minha música.
Nunca fujas de mim.
Sem ti, sou nada.
Sou coisa sem razão, jogada, sou pedra rolada.
Orfeu menos Eurídice: coisa incompreensível!

A existência sem ti é como olhar para um relógio
só com o ponteiro dos minutos.
Tu és a hora, és o que dá sentido
e direção ao tempo,
minha amiga mais querida.
Qual mãe, qual pai, qual nada!

A beleza da vida és tu, amada
Milhões amada! Ah, criatura!
Quem poderia pensar que Orfeu,
Orfeu cujo violão é a vida da cidade
E cuja fala, como o vento à flor
Despetala as mulheres - que ele, Orfeu,
Ficasse assim rendido aos teus encantos?

Mulata, pele escura, dente branco
Vai teu caminho
que eu vou te seguindo no pensamento
e aqui me deixo rente quando voltares,
pela lua cheia
para os braços sem fim do teu amigo.

Vai tua vida, pássaro contente
Vai tua vida, que estarei contigo.
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Lua no mar
Estrelas no chão
Aos seus pés entre as suas mãos
Tudo quer alcançar você