sábado, 5 de novembro de 2011

Fernando Morais palestra hoje em Pelotas

Com organização do IMA e da BPP, o autor do mais recente livro "Os últimos soldados da guerra fria" é o convidado para o Conversa sobre Livros



Autor de biografias e de obras do estilo livro-reportagem – A Ilha , Olga e Chatô, o Rei do Brasil, entre outras – que já venderam mais de dois milhões de exemplares , Fernando Morais é o convidado especial da edição do próximo dia cinco de novembro do CONVERSA SOBRE LIVROS.

No salão nobre da BPP, a partir das 18 horas, o autor participa de mesa redonda, conversa com o público e apresenta o recém lançado OS ÚLTIMOS SOLDADOS DA GUERRA FRIA ( Cia da Letras, 2011) , obra centrada na história dos agentes infiltrados por Cuba , na década de 90 , em organizações de extrema direita nos Estados Unidos. Entrada franca, como em todos eventos da Bibliotheca. A presença do autor no Conversa sobre Livros resulta de uma parceria da BPP com o IMA ( Instituto Mário Alves), com a colaboração dos parceiros institucionais IF-SUL , Unipampa e Sesc-RS.

OS ÚLTIMOS SOLDADOS DA GUERRA FRIA
No início da década de 1990, Cuba criou a Rede Vespa, um grupo de doze homens e duas mulheres que se infiltrou nos Estados Unidos e cujo objetivo era espionar alguns dos 47 grupos anticastristas sediados na Flórida. O motivo dessa operação temerária era colher informações com o intuito de evitar ataques terroristas ao território cubano. De fato, algumas dessas organizações ditas “humanitárias” se dedicavam a atividades como jogar pragas nas lavouras cubanas, interferir nas transmissões da torre de controle do aeroporto de Havana e, quando Cuba se voltou para o turismo, depois do colapso da União Soviética, sequestrar aviões que transportavam turistas, executar atentados a bomba em seus melhores hotéis e até disparar rajadas de metralhadoras contra navios de passageiros em suas águas territoriais e contra turistas estrangeiros em suas praias.

Em cinco anos, foram 127 ataques terroristas, sem contar as invasões constantes do espaço aéreo cubano para lançar panfletos que, entre outras coisas, proclamavam: “A colheita de cana-de-açúcar está para começar. A safra deste ano deve ser destruída. [...] Povo cubano: exortamos cada um de vocês a destruir as moendas das usinas de açúcar”. Em trinta ocasiões, Havana formalizou protestos contra Washington pela invasão de seu espaço aéreo por aviões vindos dos Estados Unidos - sem nenhum efeito. Enquanto isso, em entrevistas, líderes anticastristas na Flórida diziam explicitamente: “A opinião pública internacional precisa saber que é mais seguro fazer turismo na Bósnia-Herzegovina do que em Cuba”.

Os últimos soldados da Guerra Fria narra a incrível aventura dos espiões cubanos em território americano e revela os tentáculos de uma rede terrorista com sede na Flórida e ramificações na América Central, e que conta com o apoio tácito nos Estados Unidos de membros do Poder Legislativo e com certa complacência do Executivo e do Judiciário. Ao escrever uma história cheia de peripécias dignas dos melhores romances de espionagem, Fernando Morais mostra mais uma vez como se faz jornalismo de primeira qualidade, com rigor investigativo e sofisticados recursos literários. (Cia das Letras)

Entrevista do autor sobre o livro:

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