domingo, 24 de abril de 2011

Por trás


Se soubesses a profundidade que também me causa
Aquela canção que te é simples e penetrante.

Parece que tudo mudou de lugar
Eu páro, ao passo do frenetismo,
como se aquilo fosse meu oceano.

Meu, porque me também é.
Como és generoso por admirares tudo aquilo.

Decoro tuas prosas, teus versos
E ouso cantar pausadamente
no meu silêncio, a mim mesma
como se fosse,
de verdade,
pro meu eu
te tendo como meu afetuoso
e minha tempestade errante.

O medo, o descaso, tua intrepidez
enlouquecedora.
Não sei quem és.

O gentil, meu desesperançoso, ausente, inquieto,
incrédulo, indiferente, mistério
que até sem saberes sabes
que o trovão penetrou em mim como aquela canção;
como as palavras que leio quando deito

espalhadas e presas na retina
e em minhas vísceras

e também no peito, no peito.
Meu peito. Um pouco teu.
Um pouco tudo.

2 comentários:

Paulo Alfrino [Alf] disse...

Ler o alheio é um jeito de expandir a si.

Ediane Oliveira disse...

É sim, Alf. Volte sempre nesse meu espaço que ouso colocar de tudo um pouco. Abraços. :)