A Secretaria da Administração e dos Recursos Humanos, a Secretaria da Cultura, a Assembleia Legislativa e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, promovem o Seminário Memória, Verdade e Justiça: as marcas das Ditaduras do Cone Sul, que ocorrerá nos dias 30, 31 de março e 1º de abril, em Porto Alegre/RS.
Hoje existe um intenso debate sobre a garantia dos direitos à memória e à verdade, mas também à responsabilização penal dos perpetradores do terrorismo de Estado.
O seminário tem por objetivo discutir estas marcas do passado ditatorial no presente democrático, oportunizando um espaço em que seja possível compartilhar experiências, conhecimento e reflexões.
A entrada é franca. Confira a programação clicando na imagem abaixo e não deixe de participar deste importante e necessário debate.
Hoje existe um intenso debate sobre a garantia dos direitos à memória e à verdade, mas também à responsabilização penal dos perpetradores do terrorismo de Estado.
O seminário tem por objetivo discutir estas marcas do passado ditatorial no presente democrático, oportunizando um espaço em que seja possível compartilhar experiências, conhecimento e reflexões.
A entrada é franca. Confira a programação clicando na imagem abaixo e não deixe de participar deste importante e necessário debate.
OS PAINELISTAS:
Antenor Ferrari – Advogado, deputado estadual pelo MDB, presidiu a Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, a primeira do Brasil, criada em 1980. Também foi presidente da Casa em 1983.
Camilo Casariego Celiberti – Filho de Lilián Celiberti, sequestrada em 1978 em Porto Alegre num operativo Condor que congregou o aparato repressivo uruguaio e brasileiro, conhecido como “o sequestro dos uruguaios”. Depois da denúncia do jornalista Luiz Cláudio Cunha e do fotógrafo J.B. Scalco, a operação foi desmanchada. Camilo (sete anos) e sua irmã Francesca (três anos) também foram sequestrados e levados para o Departamento de Ordem Política e Social do Rio Grande do Sul (Dops/RS). Camilo teve um papel decisivo ao confirmar o local do seu cativeiro em Porto Alegre: reconheceu o Arroio Dilúvio, que ele via do segundo andar do prédio da Secretaria de Segurança Pública, onde funcionava o Dops.
Edson Telles – Professor de Ética e Direitos Humanos do curso de Pós-graduação da Universidade Bandeirante de São Paulo. Filho e sobrinho de presos políticos, aos quatro anos de idade foi sequestrado e levado para as dependências do Doi-Codi de São Paulo, juntamente com sua irmã, Janaína (cinco anos), e sua tia, Criméia de Almeida, grávida de oito meses. As crianças ficaram presas durante dez dias no centro de repressão, assistindo às sessões de tortura as quais seus pais foram submetidos. Em 2008, a família Almeida Teles ganhou na Justiça a ação declaratória contra o chefe do Doi-Codi/SP, Carlos Alberto Brilhante Ustra.
Estela de Carlotto – Presidente da Asociación Abuelas de Plaza de Mayo. Sua filha foi sequestrada e enviada a um centro de detenção clandestino quando estava grávida de três meses. O corpo de sua filha lhe foi devolvido. Seu neto, no entanto, não lhe foi entregue. Até hoje, Estela segue em sua busca. A ditadura argentina sequestrou e expropriou a identidade de mais de 500 crianças. Até o presente momento, cerca de cem crianças tiveram suas identidades restituídas.
Luis Puig – Sindicalista, secretário de Direitos Humanos do Plenario Intersindical de Trabajadores – Convención Nacional de Trabajadores (PIT – CNT). Representante da CNT na Coordenação Nacional pela Anulação da Ley de Caducidad (lei de anistia similar à brasileira) e deputado do Partido por la Victoria del Pueblo (PVP), pela Frente Ampla.
Raul Pont – Deputado Estadual pelo PT. Historiador, foi líder estudantil e presidiu o DCE Livre da UFRGS, em 1968. Foi perseguido pela ditadura brasileira. Participou da fundação do jornal Em Tempo. Fundador do PT, atuou como deputado estadual constituinte, deputado federal e prefeito de Porto Alegre (1997-2000).
Sereno Chaise – Advogado e trabalhista histórico, foi cassado pelo Golpe Civil-Militar em 1964, quando era prefeito de Porto Alegre. Foi deputado estadual entre 1959 e 1963 pelo PTB. Foi um dos fundadores do PDT.
Suzana Keniger Lisbôa – Integrante da Comissão de Familiares dos Mortos e Desaparecidos. Seu marido, Luiz Eurico Tejera Lisbôa, foi o primeiro desaparecido político da ditadura a ser reconhecido oficialmente pelo Estado como assassinado pelo sistema repressivo.
Um comentário:
DOI - RCIFE/PE
Endereço: Rua do Hospicio ( por trás
do Hospital Geral do Exército).
DOI - Departamento de Operações
Internas
CODI- Centro de Operações e Defesas
Internas.(uma secção do DOI)
CCC - Comando de Caça aos Comunistas
(uma seção do CODI)
CCC e DOPS - era uma organização paramilitar, compostas por
integrantes corruptos do Exército
junto com a Polícia Civil. Com fins
de prender, torturar e matar.
As siglas acima citadas do Exército
nunca foram reais.
Na verdade cada Região Militar
tinha uma 2º secção (inteligência
militar), na 2ª secção tinha uma
divisão chamada de:
SERVIÇO DE SEGURANÇA (pequeno
contigente de Soldados, Cabos e
Sargentos, fazendo o papel de rua,
internos ficava um Capitão e um 1º
Tenente: respectivamente comandante
e sub comandante.Ambos subordinados
a chefe da 2º secção: um Major.
Todos andavam a paisana, com barba
portava uma pistola 45 e uma metra-
lhadora INA com pente de 30 cartu
chos. Sua identidade era amarela:
com os dizeres. Ministério do
Exército, Serviço de Segurança,
nome e patente. Todas as torturas
eram feitas no DOPS, o Serviço
de Segurança do Exército apenas
fichava os detidos e remetia ao
DOPS(esses eram um verdadeiro poço
de ódio e crueldade). Na época
ninguém sabia a diferença entre
Policiais Civis do DOPS e o Serviço
de Segurança do Exército.
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