quinta-feira, 28 de outubro de 2010

My witness, I'm hungry!


Rage Against the Machine, uma das mais influentes bandas da década de 90, tem em sua característica identitária, a diversidade do rock com funk, hip hop, punk e metal.

A banda veio ao Brasil e se apresentou no Festival SWU, em Itu, São Paulo, nesse mês.

Não, não estou pensando em noticiar nada, afinal, estou fora de tempo. E não tenho nada além para descrever, pois, de fato, não estive presente no Festival – ainda que eu curiosamente tenha perguntado cada detalhe para quem assistiu o show ao vivo. Não há o que dizer com propriedade. Só estou aqui para falar que Rage é uma banda que eu respeito, tanto musicalmente, como em sua proposta de busca pela liberdade de expressão.

Com sua representação “polêmica” ao senso comum, eles dedicaram a música "People of the sun" ao MST, organização que esteve representada por diversos integrantes no encontro com a banda no mesmo dia do show. Rage doou parte do cachê recebido ao movimento social e, obviamente, foi ‘cortada misteriosamente’ na edição pela transmissão da Rede Globo quando destacou a valorização inexistente, mas necessária a grupos políticos sociais, que tanto sofrem criminalização por parte de autoridades e pela mídia de massa. Nesse caso, em especial, referiu-se ao MST.

O firmamento da proposta de protesto e mensagens contra a censura e a modelos políticos autoritários é uma forte característica da banda – hoje muito criticada por alguns que questionam seu contrato com uma das mais poderosas gravadoras do mundo: Sony Music; paradoxalmente contra seu próprio discurso antagônico a “grandes acumulações de lucros”- pesem os dois lados, vale o debate.

Mas estou certa de que Rage já conseguiu ultrapassar muitas barreiras do mundo artístico e "meter a boca no trombone" com ações já concluidas no campo social e que devem ser levadas em conta como um avanço.

O show no Brasil expressou um resultado venenoso e empolgante na noite do dia 10 de outubro.

Destaque à segurança e à pressão do vocal de Zack de La Rocha; aos efeitos exitantes da guitarra de Tom Morello; ao som diferenciador do baixo de Tim Commerford e ao peso incansável da bateria de Brad Wilk.


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