domingo, 5 de setembro de 2010

Cores para uma Rússia de séculos atrás

Meu grande respeito por fotografia através de sua riqueza artística, humana e social, me faz buscar cada vez mais manifestações de sua relevância no contexto imaginário.

Recentemente, pesquisei sobre Sergei Mikhailovich Prokudin-Gorskii, fotógrafo russo e um dos ícones referenciais do mundo fotográfico pela interferência do universo ‘das cores’ no antigo, eterno e destacado ‘preto e branco’.

Ainda que meus caprichos me insistam em defender a estética do mundo menos colorido através da fotografia, sem dúvida a pertinência do avanço - que por séculos se deu no campo da imagem,- é absolutamente significante. Nesse contexto, destaco o olhar para trás no tempo em que ainda não era possível existir a fotografia colorida. Entre os anos de 1909 e 1913, Sergei Prokudin-Gorskii produziu um extenso e importante material fotográfico do Império Russo a partir dessa busca por inovações nas cores visuais. Com câmera especializada por capturar três imagens no formato em preto e branco, sua técnica utilizou-se de filtros nas cores verde, azul e vermelho, com a intenção de tornar, mais tarde, uma recombinação projetada com luzes que filtrassem essas cores mais próximas à realidade de cada cena.

Cada fotografia retratada no material, passa a idéia significante de uma imagem projetada como tal. Entretanto, todo o trabalho e esforço para a busca das cores no mundo em que ainda não era evoluido na tecnologia, expressa um caminho evolutivo que transpassa a dúvida da imaginação.

O resultado torna-se um tanto inacreditável através da alta qualidade das imagens, combinadas com tons realçados e aparentemente reais.







Um comentário:

Rafael disse...

Inacreditável, Di. O cara foi um deus da photografia! e oh: o texto pro seu pai é uma das declarações mais bonitas que já li. Abrç! sou fã.