O episódio do último domingo entre Dunga e Globo são provas da antiga e atual realidade do jornalismo da emissora
O jornalismo tendencioso exercido pela Rede Globo não é novidade para aqueles que buscam a informação de forma mais reflexiva e democrática. Dentro de sua programação com forte alcance a diversos cantos e aos mais difíceis acessos de Norte a Sul do País, ela é capaz de pautar variados assuntos cotidianos existentes nas massas sociais.
Devido ao grande papel que a mídia possui na realidade social, faz-se importante atentar para seu discurso, nesse caso, o da emissora em questão, ainda que sua programação tão banal e previsível, cada vez mais mostre e entregue sua forte identidade “culminante” e “acima” de qualquer autoridade.
Em sua extensa e oficial cobertura durante a Copa do Mundo na África do Sul, a Rede Globo conseguiu surpreender ainda mais com sua repressão a valores e mostra de superioridade àquilo que afirma expressar como “defesa” a “ofensas” recebidas por parte do técnico da Seleção Brasileira, Dunga.
Entenda o caso:
Durante a coletiva de imprensa feita após a vitória de 3 x 1 do Brasil contra a equipe da Costa do Marfim, Dunga respondeu aos diversos questionamentos dos jornalistas presentes. Dentre algumas questões, o técnico interrompeu sua resposta perguntando ao jornalista da Rede Globo Alex Escobar: “Algum problema?”. O jornalista teria balançado a cabeça no momento em que Dunga se referia aos jornalistas que haviam pedido a saída de Luis Fabiano do time titular. O contexto indica ainda que o repórter da Globo falava ao telefone com outro colega de emissora, Tadeu Schmidt, responsável por se manifestar no Fantástico do último domingo (20) sobre o caso.
O editorial do Fantástico: sensacionalista em sua essência
Diferentemente do que a grande maioria dos brasileiros esperava pela forte cobertura da Globo em relação às noticias da Copa – e nesse caso, as informações da coletiva após o violento e conturbado jogo da Seleção - o programa de domingo não trouxe metade do que rolou na entrevista conjunta. Sua reportagem se deteve no repórter Tadeu Schmidt dramaticamente repetindo impressões da emissora sobre a atitude de Dunga no momento pós-jogo.
Antes do Fantástico exibir a reportagem (logo abaixo), Tadeu Schmidt leu o seguinte texto:
"O técnico Dunga, no comando da seleção há quase quatro anos, não apresenta nas entrevistas comportamento compatível com a imagem de alguém tão vitorioso no esporte. Com freqüência usa frases grosseiras e irônicas. Hoje depois de uma vitória incontestável mais uma vez foi assim."
O discurso foi repetido com ênfase por apresentadores da Globo News e da SporTV.
Confira a reportagem:
Confira agora na integra a informação sem fragmentação, mas com uma contextualização maior do momento da interrupção. Essas outras respostas a emissora não mostra...
Impressiona a maneira como a Globo reagiu diante de um ato sincero e desabafante de Dunga. Dentro de um contexto de entrevista ampla, respondendo aos mais diversos jornalistas do mundo todo sobre as dificuldades e as perspectivas que obteve diante da situação Brasil x Costa do Marfim, a programação da Globo mostrou mais uma vez sua maneira incoerente de lidar com questionamentos alheios. Sua forte adjetivação e sua busca por mostrar que a atitude de Dunga tivesse soado absolutamente estúpida, faz com que sua credibilidade televisiva diminua aos olhos daqueles que conseguem ao menos entender que paciência humana tem limite. E bom senso.
Devido ao grande papel que a mídia possui na realidade social, faz-se importante atentar para seu discurso, nesse caso, o da emissora em questão, ainda que sua programação tão banal e previsível, cada vez mais mostre e entregue sua forte identidade “culminante” e “acima” de qualquer autoridade.
Em sua extensa e oficial cobertura durante a Copa do Mundo na África do Sul, a Rede Globo conseguiu surpreender ainda mais com sua repressão a valores e mostra de superioridade àquilo que afirma expressar como “defesa” a “ofensas” recebidas por parte do técnico da Seleção Brasileira, Dunga.
Entenda o caso:
Durante a coletiva de imprensa feita após a vitória de 3 x 1 do Brasil contra a equipe da Costa do Marfim, Dunga respondeu aos diversos questionamentos dos jornalistas presentes. Dentre algumas questões, o técnico interrompeu sua resposta perguntando ao jornalista da Rede Globo Alex Escobar: “Algum problema?”. O jornalista teria balançado a cabeça no momento em que Dunga se referia aos jornalistas que haviam pedido a saída de Luis Fabiano do time titular. O contexto indica ainda que o repórter da Globo falava ao telefone com outro colega de emissora, Tadeu Schmidt, responsável por se manifestar no Fantástico do último domingo (20) sobre o caso.
O editorial do Fantástico: sensacionalista em sua essência
Diferentemente do que a grande maioria dos brasileiros esperava pela forte cobertura da Globo em relação às noticias da Copa – e nesse caso, as informações da coletiva após o violento e conturbado jogo da Seleção - o programa de domingo não trouxe metade do que rolou na entrevista conjunta. Sua reportagem se deteve no repórter Tadeu Schmidt dramaticamente repetindo impressões da emissora sobre a atitude de Dunga no momento pós-jogo.
Antes do Fantástico exibir a reportagem (logo abaixo), Tadeu Schmidt leu o seguinte texto:
"O técnico Dunga, no comando da seleção há quase quatro anos, não apresenta nas entrevistas comportamento compatível com a imagem de alguém tão vitorioso no esporte. Com freqüência usa frases grosseiras e irônicas. Hoje depois de uma vitória incontestável mais uma vez foi assim."
O discurso foi repetido com ênfase por apresentadores da Globo News e da SporTV.
Confira a reportagem:
Confira agora na integra a informação sem fragmentação, mas com uma contextualização maior do momento da interrupção. Essas outras respostas a emissora não mostra...
Impressiona a maneira como a Globo reagiu diante de um ato sincero e desabafante de Dunga. Dentro de um contexto de entrevista ampla, respondendo aos mais diversos jornalistas do mundo todo sobre as dificuldades e as perspectivas que obteve diante da situação Brasil x Costa do Marfim, a programação da Globo mostrou mais uma vez sua maneira incoerente de lidar com questionamentos alheios. Sua forte adjetivação e sua busca por mostrar que a atitude de Dunga tivesse soado absolutamente estúpida, faz com que sua credibilidade televisiva diminua aos olhos daqueles que conseguem ao menos entender que paciência humana tem limite. E bom senso.
2 comentários:
Ótimo texto! vc expressou mta coisa q eu queria dizer.
Didi! Ótimas colocações no teu texto. Só queria acrescentar o histórico dessa briga. Parece que a Globo malha o Dunga desde 93, então existem muitas divergências entre eles. Além disso, o Dunga já tinha se irritado com a F. Bernardes que queria fazer uma entrevista exclusiva no dia anterior, que teria sido acordada com o presidente(?) da CBF. Para o Dunga não existe isso de "exclusividade". Tudo bem que podemos levantar muitos questionamentos sobre a negociação desse tipo de entrevista, mas é de praxe nos meios de comunicação em geral. Claro que a Globo smepre leva vantagem pq tem mais influência. Mas a Record tem MTO $$ e está correndo pelas beiradas. Ainda na questão financeira, parece que dos mil jornalistas brasileiros na África, trezentos são da Globo, então ela quer logicamente retornos ao investimento. Não sou a favor do Dunga pq ele perdeu a razão ao dirigir palavrões ao jornalista durante entrevista coletiva com profissionais do mundo inteiro. Nada justifica ele dizer "merda, cagão" e outras coisas... Como pessoa pública, e pior, técnico da seleção ele já deveria saber s ecomportar. E não digo que deveria ter ficado calado, mas sim respondido de forma decente. Claro que tua questão central é a Globo, mas não vejo como desvincular os fatos acima do contexto. Só um ps: tudo no mundo MENOS a Record, pelo amor de Deus!! A Globo é suja, manipuladora, sensacionalista etc. Mas nada se compara a Record, creeeedo.
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