quinta-feira, 30 de outubro de 2008

levem-me às flores. mostrem-me as estrelas.
tragam-me boas novas. me ensinem a esperar.
digam-me que vai acabar tudo bem. façam-me esquecer o (in)esquecível.
dancem comigo. coloquem música a minha vida.
falem-me de amor.me deixem sonhar.

sábado, 25 de outubro de 2008

[mais]

(...) Buscarei o convívio dos pequenos grupos, priorizarei fazer minhas refeições com os amigos mais queridos. Meu refúgio será ao lado de pessoas simples, pois quero aprender a valorizar os momentos despretensiosos da vida.
Lerei mais poesia para entender a alma humana, mais romances para continuar sonhando e muita boa música para tornar a vida mais bonita. Desejo meditar outras vezes diante do pôr-do-sol para, em silêncio, e agradecer a Deus por sua fidelidade.

(GONDIN, Ricardo)

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Eu quero mais simplicidade, mais música e mais sanidade.
Quero mais alma, viver por amor e ter menos dor.
Quero me cansar de alegria, chorar de emoção e não viver a vida em vão.
Eu quero correr pra chegar, voar mais alto e bem cedo voltar.
Quisera eu estar num lugar desconhecido, cheio de flores, jardim a mim nem tão merecido.
Eu sei que eu não sei do tempo, ele não pertence a mim, eu não sei quando terá fim.
Eu só quero mais paz, num mundo que não volta atrás e ao ódio não se desfaz.
Eu vou viver meus dias menos tensos, com sonhos muito mais densos,

aprendendo que apenas o amor maior me satisfaz.

Sons mágicos

Conhecida como uma ONG sem fins lucrativos, Anjos e Querubins tem representado uma arte diferente, criativa e guerreira


Quando o dom artístico e a vontade de fazer música são maiores do que a necessidade e a falta de instrumento, o som pode sair de qualquer lugar. Balde, lata, tampa de panela industrial, garrafa de vidro ou pet, copos e vidros são alguns dos “objetos musicais” usados de forma criativa pelo grupo de 27 crianças e jovens da ONG Anjos e Querubins.

A idéia inicial de um grupo de teatro se expandiu e vem crescendo ainda mais. Do teatro à dança e da dança à música. Bem Hur Flores, o coordenador do projeto diz que o trabalho com cunho social, deve também ser visto como um grande esforço artístico. “São crianças da comunidade com técnicas de mesma exigência de grupos mais reconhecidos”.

A precisão deu margem à originalidade. Os sons envolventes e fortes das caixinhas improvisadas, dos chocalhos feitos pelas jovens mãos talentosas, soam com a mesma intensidade da união entre o grupo. “Somos como uma família”, diz Marcelo dos Anjos de 17 anos. Integrante do grupo desde a fundação em 2003, o responsável pelo som do “jamelão” conta que, mesmo com as grandes dificuldades financeiras que o grupo passa, a união e a paixão pela arte causam motivação e esperança de crescimento da ONG. Ao mesmo tempo em que conta sua história, a pequena Emily de 5 anos mostra os livros doados que formam a pequena biblioteca do projeto. No pátio, alguns jogam vôlei para mais tarde ensaiar. Ensaios que rendem aplausos e emoções em cada apresentação. Os pequenos anjos e os talentosos querubins já viajaram para algumas cidades do estado e estarão indo pela segunda vez ao Rio de Janeiro, em outubro.


[Matéria publicada no jornal 'O Pescador' do mês de outubro.]

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

todos os dias quase a mesma rotina.
eu queria aprender mais com o valor do ouro de mina,
decifrar segredos, voar mais alto, afogar meus desejos de menina;
esse mundo é injusto e diferente, não nasci para ser repentina.
hey você, mande-me para longe, leve-me a qualquer lugar,
está todo mundo louco, aqui eu não quero mais ficar.
eu vivo num mundo paralelo, eu não sou daqui,
tudo o que preciso é um 'manual' de como sobreviver àquilo que me faz cair.
encha-me de sonhos, embora eu já os tenha, diga-me aquilo que eu sempre quis ter como senha;
senha para entrar na fila daqueles que esperam, eu sempre esperei e já chegou a minha vez, eu não vou me atrasar pro trem;
trem da vida, trem da ausência da dor.
me diga o que será desse mundo, se não for o amor?