quinta-feira, 20 de setembro de 2012
(des)espero
eu sei, se há,
são resquícios
não manda nada:
jardim de calçada
os simples caminhos
ilineares
foram tuas escolhas
eu sei
não me revelarei:
com dor, fecho a porta
meu nome desfaz
com labareda que resiste
não olha, não diz
continua vão
em ti apaga
a vela acesa ainda
com o céu escuro
não há trovões
não há relâmpagos
dormência é aí
e aqui dentro
pulsante no espelho
de um corpo esquecido
nem sangue
nem fé
nem revolta
nem volta
te trazem
de volta
nem espaços
deste espaço
colocam meu passo
ao passo
do teu passo
num mesmo espaço
eu sei.
nem rastejos, nem flores
hemisférios e poemas
te trazem a mim
e eu passo a bola
para o fim
sem a palavra
que nos une
sem o verbo
que nos chama
sem essa saudade
que eu ainda
sinto
sem idas
sem voltas
sentindo
o sentido
sem ti.
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Um comentário:
fluidez na poesia...!!! não é pra todo mundo..lindo! parabéns!
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