terça-feira, 24 de junho de 2008
Parabéns, minha querida!
Salve, salve!
Minha querida RadioCom esteve completando seus vitoriosos 7 aninhos, no dia 12 de junho. Sei que já faz um tempinho, mas não poderia ficar de fora nesse blog novato.
Tenho um enorme prazer em saber que, mesmo indiretamente, já faço parte de um grupo tão competente e com boas intenções. Algo extremamente raro de encontrar hoje em dia, principalmente nesse mundo maluco e estúpido da mídia que conhecemos. Mas eu ainda acredito que nem tudo está perdido, acredito na democratização, na ausência do monopólio e da chegada da 'liberdade' que, por vezes, parece estar tão distante.
Um abraço especial para os meus amigos Roger Peres e Pablo Lisboa que continuam na luta. Desejos de garra sempre. :)
"Me consigam um xarope aí. Sabor? Melagrião". (piada interna, hoho)
segunda-feira, 23 de junho de 2008
Insatisfação alimentada
Escrever sobre Clarice para mim, é exercício bom.
Talvez eu sempre diga isso, a menos que eu me convença de que em algum dia da minha vida, alguma escrita sua tenha ‘deixado a desejar’ no término de cada leitura que eu tenha feito.
Mas até hoje, eu não digo. Falar de seus contos e desabafos literários, é falar da própria autora.
Não consigo separar suas ‘ficções’ de sua própria personalidade.
“Felicidade clandestina” é um conto que trata de infância, adolescência e família, mas acima de qualquer coisa, angústias da alma. Embora se encontre uma narrativa admirável na obra, a saliência dos sentimentos mais profundos dos personagens, se torna mais relevante. Na verdade, é um conjunto que se completa. Uma mistura de brinquedo com palavras, junto com uma boa pitada de experiência
O conto narrado em primeira pessoa, fala da crueldade de uma “gordinha ruiva de cabelos excessivamente crespos”, sem paixão por literatura, mas filha de um dono de livraria. Mas calma, isso não é o mais importante. A garota se recusa a emprestar As reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato, para a própria narradora, encantadíssima por livros . Porém, a intervenção da mãe da menina dona da “relíquia”, permite à autora deliciar-se, vagarosamente, com a posse do livro. Impossível o leitor não querer se tornar – pelo menos, nos instantes da leitura- em um “psiquiatra” a fim de entender a cabeça da ruivinha problemática. Também não tem como não sofrer por antecipação junto com a narradora na ânsia pelo livro e no tão esperado dia da entrega. O momento da interferência da mãe, causa um suave toque de leveza à leitura. É uma forma de suspirar aquilo que queria se encontrar na história. Entretanto, Clarice é surpreendente. O desfecho da história mostra o quanto o ser humano é insatisfeito com suas próprias realizações. ‘Não mais importa se estou com o livro que queria tanto ler, importa que eu sinta a todo o momento esse gostinho da conquista e, no momento em que estiver satisfeita, tornar-me-ei insatisfeita, para viver mais uma vez essa minha felicidade inventada.’ É isso que a autora me passa, a vontade de sempre querer mais, mesmo que essa satisfação seja “clandestina”.
A história acontece no Recife e a dificuldade de relacionamentos, mais uma vez se faz presente na obra. Tudo é uma questão de “sonhar com aquilo que está por vir”. A autora se prende na expectativa da “felicidade” que é estar com o livro tão esperado, na excitação para o momento do auge, no caminhar para o lugar secreto, na realização do desejo. Aquilo que outrora, parecia uma historinha sem sentido, torna-se em um aprendizado de contentamento recôndido.
Eu diria que Clarice encontrou seu rumo ao publicar obras próprias. Acertou “o pulo” quando arriscou. Ela sempre ousou, desde pequena, sempre foi diferente. E eu, admiradora do “além”, curiosa por coisas novas, inconformada com o normal, me identifiquei e, por que não dizer que me encontrei em algumas escritas? Eu já me vi entre as linhas, me questionei se mais alguém no mundo também já sentiu essa sensação. Quão boba e ingênua eu fui ao pensar que isso só aconteceria comigo. Além da grande viagem de imaginar histórias mirabolantes em textos, é também comum se encontrar em palavras alheias, escritas há séculos e contextos diferentes. O mundo muda, mas os sentimentos não. O que nos difere, são nossos destinos. Nossos pensamentos e sensações muitas vezes são semelhantes. Eu sou igual a Clarice,
Originalmente, a história acaba com: “Não era mais uma menina com um livro: era uma menina com o seu amante”. De certo, meu suspiro foi maior aí. Mais suspiros, mais perguntas, mais imaginações e mais identificações. Aonde fomos parar? Que narradora viajante, ela era tímida e vaidosa, “uma rainha delicada”, a espécie feminina com suas “relações ilícitas”, a princesa e o plebeu.
domingo, 22 de junho de 2008
Agora vai?
Tantas senhas, tantas tentativas. Eu sempre esquecia. Eu sempre esqueci.
Na verdade, nunca deu certo. E eu não sei por quê.
Já fiz vários, dei continuidade a um, sobre Comunicação e Multimídia. De fato, ele está parado, no momento. Qual seria a culpa? Ou melhor, de quem? Minha, eu sei. Não, não irei jogar toda a conseqüência por causa do tempo. Sei que sou responsável por ele. Mas ele é tão rápido. Sim, o tempo voa. Mas eu o controlo. Eu acho. Eu controlo o meu tempo. Quero criar 'vergonha' e voltar ao 'Comunicação e Multimídia' lá. Quero dar vida a esse. Escrever me traz vida, sempre. Mas na verdade, eu não escrevo, escrevo. É um jogo de palavras incertas e soltas. Frases curtas, como já dizia minha professora de ensino fundamental. Desde aquele tempo a minha mania de tudo curto, mas eu sou enrolona, eu sei. E isso, todos dizem. Mas eu gosto de frases curtas. Nem sempre escrevo assim. Mas hoje deu vontade. Calma, é o primeiro. Eu pego o jeito.
Nada de saudações por aqui, né?
About me? Bem, alguém conhecido por você. Direta ou indiretamente. Esse blog está sendo causado para mim mesma. Nome? Ok, ok... Para quem me conhece: o nome quase nunca aparece, portanto, seria relevante colocá-lo aqui, já que é de início. Ediane Oliveira. Pronto, dívida paga. Eu tinha pensado em não me apresentar... Ainda bem que nem tudo programado, sai como realmente queríamos.