terça-feira, 27 de novembro de 2012
sábado, 24 de novembro de 2012
domingo, 11 de novembro de 2012
Para que o capitalismo não destrua a poesia: FLIA dá espaço à arte popular
Organizada pela RádioCom, a segunda edição da Feira do Livro Independente e Autônoma aconteceu no feriado de Finados
Foto: Sotaque Coletivo
O
ensolarado feriado de 2 de novembro, teve, em seu segundo ano, mais uma
edição da Feira do Livro Independente e Autônoma (FLIA), em Pelotas. O
movimento não é novo no mundo. Já começou há muito tempo, em Buenos
Aires, com a multicultural "Feria Del Libro Independiente y
Alternativa", em um estacionamento abandonado próximo à faculdade de
Ciências Sociais, da capital portenha. De lá, se espalhou por diversas
partes do América Latina. Pelotas, por exemplo, é a primeira cidade do
Brasil que recebeu a Feira. A primeira edição, no ano passado, reuniu
escritores independentes, artistas, produtores culturais e ativistas, na
zona portuária de Pelotas, no Quadrado. Neste ano, o movimento tomou
uma força ainda maior: contou com mais expositores, lançamentos de
livros de escritores locais, apresentações artísticas, conversas sobre
obras, tenda infantil com contação de histórias, espaço livre artesanal e
uma forte participação do público.
Alguns
perguntam se a FLIA é uma extensão da Feira do Livro tradicional, já
existente em Pelotas. Claramente, não é. A FLIA é um livre movimento de
valorização e circulação da arte, independente da Feira do Livro
existir, mesmo que, grande parte de seus expositores, não está na agenda
da feira tradicional. Seu espaço e idealização transcende iniciativas
do poder público, em parceria com organizações privadas. Se tivéssemos
ainda mais feiras, a FLIA continuaria existindo. Ela surge da
necessidade de exposição da diversidade de produções que têm surgido,
fortemente na cidade e caracteriza-se como algo inovador, com identidade
própria. Um dos maiores exemplos, é o caráter livre de como se
organiza. Não há uma equipe de trabalho separada, se não a mesma que
produz e idealiza o evento. O cenário retrata: No decorrer do dia,
começam a chegar expositores e curiosos. Alguns, sentindo-se livre para
trazer seus escritos, - sejam eles em ofício, blocos, livros, etc, usam o
espaço. Os materiais vão aumentando conforme o andar da carruagem e do
dia. O resultado é exposição do livro de uma escritora pelotense que
está no Oriente Médio, parcerias com editoras independentes de Porto
Alegre, artesanato vindo do Chile, lançamento de livros de escritores
locais, trocas e vendas de livros, espaço da alimentação, teatro de rua e
shows ao anoitecer. Por esse caráter diverso e informal é que a FLIA,
como o próprio nome relata, é alternativa e autônoma. Dá a autonomia ao
público conhecer a vitrine do que tem sido produzido aqui. Autonomia ao
amante da arte dialogar com o escritor e com outros amantes da
literatura sobre o prestigioso ato de ler e escrever. Autonomia ao
músico apresentar o seu trabalho. Autonomia ao público ter mais opções
de cultura. Autonomia de não ser dependente de uma programação lado A. A
FLIA é também um lado B de Pelotas. Não é a toa que foi para o
Quadrado: diversas regiões da cidade necessitam da arte mais próxima,
necessitam que a arte, de fato, seja descentralizada. E as Doquinhas,
são um exemplo.
O
mercado e a compulsão da venda, sem ter sensibilidade com o universo
artístico, tem destruido, aos poucos, a oportunidade de jovens e velhos
escritores anônimos, terem um contato maior com o público, sedento por
arte. Tem destruido o que ainda nos resta de mais precioso: a percepção
às coisas mínimas e necessárias, que a literatura, a música, ou qualquer
manifestação artistica, proporciona à vida humana. A FLIA é autonoma e
independente no contato com as pessoas, fazendo-as serem protagonistas
de sua programação, com o microfone aberto, com o palco disponível e com
as mesas prontas para receber manuscritos, pois, assim como na escrita,
não se pode ter limites na imaginação, em iniciativas como uma Feira
participativa, popular e plural.
Que
a burocracia e a selvageria do mercado que nos impõem dia após dia, não
destrua e não corrompa a poesia, simples e viva, que ainda permanece
nos nossos escritores, artistas, no nosso público, na nossa cidade. Em
nós.
quinta-feira, 1 de novembro de 2012
Quadrado recebe Feira do Livro Independente no feriado
Por Diego Queijo (DP)
Em pleno Dia de Finados, uma opção para quem quer ficar inserido na literatura local e aproveitar o feriado: na sexta-feira (2), das 10 às 22h, ocorre no Quadrado (início da rua Alberto Rosa) a 2ª Feira do Livro Independente e Autônoma de Pelotas, a Flia. "Um livro não é um livro, mas sim um homem que fala através do livro". A frase é do novelista e jornalista italiano Alberto Moravia, e trata o livro como a voz do autor. Reunir pessoas que falam através de livros e das mais variadas formas de expressão é um dos objetivos da organização da Feira de Pelotas. Somando artistas, sejam eles literatos, músicos, artesãos, artistas plásticos, visuais, cênicos, cozinheiros e afins, de acordo com duas das organizadoras do evento, Eliane Rubim e Ediane Oliveira, o objetivo é proporcionar voz aos escritores e artistas independentes. “Queremos tirar o escritor de seu ponto isolado e lançar a possibilidade de união mostrando alternativas para materializar o livro. É um encontro para fortalecer a cena literária da cidade”, afirma Eliane. De acordo com Ediane, o espaço aberto pela feira é um dos grandes pontos a serem destacados pelo evento. "A Feira oferece esse espaço aos autores como uma vitrine do que Pelotas tem produzido atualmente", disse.
Origem portenha
A Flia ocorre todos os anos em diversas cidades do mundo. Eliane é uma das idealizadoras do evento e diz que encontrou inspiração na capital da Argentina. A Feira teve início em Buenos Aires, com a Feria Del Libro Independiente y Alternativa, em um estacionamento abandonado próximo à faculdade de Ciências Sociais da capital portenha. A Flia de Buenos Aires já chegou a sua 21ª edição e se espalhou por outras cidades argentinas como Córdoba, Rosário e Mar del Plata. Sem contar países como Chile e Paraguai, além do Uruguai, que realiza sua primeira Flia em Montevidéu nos dias 17 e 18 de novembro.
Programação literária
Pela manhã serão realizadas oficinas como de restauração de livros e de confecção artesanal de livros. À tarde, apresentações e rodas de conversa. “Mas teremos dança, teatro, culinária artesanal, música e contos de histórias para crianças”, afirma Ediane. Entre os escritores com presença confirmada no evento estão Lory Ricardo, Marília Kosby, Diogo Souza Madeira, Alexandre Nunes, Julia Porto, Lucas Moraes, Márcio Ezequiel e Jorge Braga. Para mais informações e programação completa, clique aqui e acesse o site.
Serviço
O quê: Flia - Feira do Livro Independente e Autônoma
Quando: sexta-feira (2/11/2012), das 10h às 22h
Onde: Quadrado (início da rua Alberto Rosa)
Em pleno Dia de Finados, uma opção para quem quer ficar inserido na literatura local e aproveitar o feriado: na sexta-feira (2), das 10 às 22h, ocorre no Quadrado (início da rua Alberto Rosa) a 2ª Feira do Livro Independente e Autônoma de Pelotas, a Flia. "Um livro não é um livro, mas sim um homem que fala através do livro". A frase é do novelista e jornalista italiano Alberto Moravia, e trata o livro como a voz do autor. Reunir pessoas que falam através de livros e das mais variadas formas de expressão é um dos objetivos da organização da Feira de Pelotas. Somando artistas, sejam eles literatos, músicos, artesãos, artistas plásticos, visuais, cênicos, cozinheiros e afins, de acordo com duas das organizadoras do evento, Eliane Rubim e Ediane Oliveira, o objetivo é proporcionar voz aos escritores e artistas independentes. “Queremos tirar o escritor de seu ponto isolado e lançar a possibilidade de união mostrando alternativas para materializar o livro. É um encontro para fortalecer a cena literária da cidade”, afirma Eliane. De acordo com Ediane, o espaço aberto pela feira é um dos grandes pontos a serem destacados pelo evento. "A Feira oferece esse espaço aos autores como uma vitrine do que Pelotas tem produzido atualmente", disse.
Origem portenha
A Flia ocorre todos os anos em diversas cidades do mundo. Eliane é uma das idealizadoras do evento e diz que encontrou inspiração na capital da Argentina. A Feira teve início em Buenos Aires, com a Feria Del Libro Independiente y Alternativa, em um estacionamento abandonado próximo à faculdade de Ciências Sociais da capital portenha. A Flia de Buenos Aires já chegou a sua 21ª edição e se espalhou por outras cidades argentinas como Córdoba, Rosário e Mar del Plata. Sem contar países como Chile e Paraguai, além do Uruguai, que realiza sua primeira Flia em Montevidéu nos dias 17 e 18 de novembro.
Programação literária
Pela manhã serão realizadas oficinas como de restauração de livros e de confecção artesanal de livros. À tarde, apresentações e rodas de conversa. “Mas teremos dança, teatro, culinária artesanal, música e contos de histórias para crianças”, afirma Ediane. Entre os escritores com presença confirmada no evento estão Lory Ricardo, Marília Kosby, Diogo Souza Madeira, Alexandre Nunes, Julia Porto, Lucas Moraes, Márcio Ezequiel e Jorge Braga. Para mais informações e programação completa, clique aqui e acesse o site.
Serviço
O quê: Flia - Feira do Livro Independente e Autônoma
Quando: sexta-feira (2/11/2012), das 10h às 22h
Onde: Quadrado (início da rua Alberto Rosa)
Assinar:
Postagens (Atom)